1B - Cultura Brasileira

Aula 1 - Quem é brasileiro, cultura?


Aqui iniciando o estudo da Cultura Brasileira, nos deparamos com os universos do povo brasileiro rico em sua diversidade cultural, religiosa e social e como esse mesmo universo se interage e se confronta em todas as suas diferenças.
As misturas de raças que sempre ocorreram ao longo de nossa história seja pela época da colonização do brasil, da chegada dos negros africanos, dos diversos movimentos migratórios de todos os cantos do mundo, nos formou um povo único, peculiar e diferente de todos os outros que por aqui passaram e nos influenciaram e ao mesmo tempo semelhante a todos com suas mais diversas culturas e tradições. O tema é rico, pois trata especialmente de como somos tão desiguais e a forma contraditória como lidamos com a nossa própria diversidade, nos estranhando e nos rotulando, quado na verdade formamos, do jeito que somos uma só raça, uma só mistura, um só povo. Povo brasileiro.


Aula 2 - A língua da cultura brasileira


Essa aula tem como foco principal identificar as marcas de uma linguagem marcada pela trajetória de um povo miscigenado e desigual.
Trazendo exemplos de livros como "Casa Grande e Senzala", que além da sua inegável qualidade literária que revolucionou os estudos sociais brasileiros, trouxe a tona uma visão otimista de sucesso de uma sociedade mestiça que já estava fadada ao fracasso pela classe dominante portuguesa,  exemplos de como a língua foi se instaurando e criando sua própria identidade quando foi criada uma nova forma de pronome que se destacava daquele empregado pelos espanhóis, pela delicadeza, docilidade e respeito que se trata o próximo e exemplos como a própria história da africa no brasil e a influência que isso trouxe aos nativos daquela época, a aula nos mostra em detalhes como nossa língua foi se formando e tomando a proporção única e singular que temos hoje. O Português do Brasil.


Aula 3 - Identidade x Modernidade


A aula trata de como e quando o Brasil surgiu para o mundo e como isso nos levou a criação de nossa própria identidade para com as diversidades do mundo.
Na era moderna, quando o mundo começava a ser afetado por valores renascentistas, as iniciativas culturais brasileiras ao longo de nossa história, oscilou entre uma sociedade que desejava a modernidade e o que ela poderia agregar para a construção de alguns de nossos valores ou que desconfiava que ela nos trouxesse qualquer benefício.
O vídeo fala também da época entre 1946 e 1964 e de como ela foi marcada pela busca por uma identidade cultural de caráter nacionalista, onde surgiu a ditadura impondo forte repressão e censura, onde a liberdade de expressão nem sequer existia, até a abertura política de 1985 onde houveram manifestações de identidades culturais reprimidas pelo período ditatorial e assim se formando uma ininterrupta tentativa de se descobrir um Brasil mais justo e igualitário para todos aqueles que ainda acreditam na força de uma nação.


Aula 4 - A tradição e a cultura popular e de elite


Após tantas influências externas na criação da identidade do povo brasileiro, seria também natural que houvesse uma grande quantidade de tradições culturais como a culinária, a religião, o artesanato, o folclore, a música e tantos outros que contribuíram para essa nossa característica única diante do mundo.
Essa tradição que nós representamos é apresentada nessa aula em suas mais variadas formas e quer dizer muito, se não tudo sobre um povo que ri e que chora e, que diante desses sentimentos, é capaz de expressar seus mais profundos sentimentos através das manifestações artísticas.
A cultura popular é dinâmica e nos mostra entre outras coisas que as manifestações culturais regionais nem sempre é uma cultura de ignorantes, pois tem compreensões de vida e atitudes humanistas que são muitas vezes superior ao de uma pessoa letrada.
O tema é amplo e a aula nos dá muita informação nesse sentido, vale muito a pena conferir.


Aula 5 - Carnavalizar a cultura

Na palavra Carnaval, cabe muito mais que só uma farra, é uma festa de alegria e carrega uma grande parte da história cultural de nosso país.
A igreja descreve o carnaval como uma festa de inversões, exageros, caricaturas e humor. Os cristãos tentaram por muito tempo controlar esta festa, envolvendo a quaresma e a dedicação dos fiéis.
Mais que uma festa, o carnaval é uma data. Vale pensar que o carnaval é uma máscara para a desigualdade social. Em minha opinião, até poderia ser uma festa com valores tradicionais e grandes interações culturais antigamente, porém agora, acredito que
seja somente uma festa de curtição brasileira, há poucas pessoas que levam o carnaval como festa histórica atualmente.
Muitos brasileiros esperam o carnaval somente para curtir e deixar de  trabalhar, e este é o “jeitinho brasileiro” agindo novamente.  Precisamos resgatar a riqueza cultural existente nessa festa.


Aula 6 - Uma cultura de fé


Nesta web aula, reconhecemos o poder da religião em nosso país e como somos influenciados por ela. No Brasil, muitos santos são adorados, as muito mais que isso, são atribuídos até funções e salários aos santos, como já aconteceu em Igarassu. Para a cultura do Brasil, isso tudo é considerado “normal”, pela grande fé do povo brasileiro. Pela fé brasileira, gostamos de pensar que Deus é um grande “chegado”, um amigo. Nossa sensibilidade religiosa aprendeu com o tempo a se movimentar com certa liberdade para absorver os mais diversos repertórios de ideias, gestos e formas que surgiram pelo caminho.
Devotamos crenças a mais de uma religião no Brasil. Aqui, temos a mistura de culturas, logo, a mistura religiosa. Mas percebemos que quase TODOS, independentes da classe social, ora para seu deus de crença no Brasil.
Também temos as tradições, tais como fazer promessas, levar objetos à  seu Deus, os gestos e as orações pessoais.


Aula 7 - Racismo à Brasileira


No Ensino Médio, conheci a mãe de uma amiga que falava pra qualquer um ouvir que “Se minha filha casar com um negro, ela deixa de ser minha filha, e se um dia ela tiver um filho negro, não será meu neto.” Diante dessa declaração alguns falavam que se acontecesse mesmo isso, ela mudaria de opinião. Porém,  independente se ela mudaria ou não de opinião, só o fato dela demonstrar para todos, sem a menor vergonha, o quanto ela é racista, já é muito triste.
No Brasil, poucas pessoas tem a coragem de ser como a mãe mencionada no parágrafo anterior, e assumir que é racista, a maioria diz que não é, mas com as atitudes, demonstra totalmente o contrário. É uma espécie de racismo silencioso, que se esconde debaixo das leis e das aparências.
Os negros e os índios, ainda são os que mais sofrem com o racismo. Se observarmos as pesquisas, é gritante a diferença entre a forma como vive um branco comparado com a forma como vivem os negros e índios. Oportunidades de trabalho, escolaridade, moradia, segurança, saúde. Não vemos a mistura das raças nos espaços de privilégios.
Quando falamos em racismo, logo nos vem a mente a descriminação por raça, mas no Brasil, nem sempre é essa característica que é observada, a aparência, a posição social, o status, ou seja, quanto mais importante você é na sociedade, menos racismo você sofre, independente da raça.


Aula 8 - As Artes Plásticas no Brasil


Temos necessidade de realizar analogias entre as obras brasileiras,  mas elas nem sempre são esclarecedoras. Podemos perceber uma defasagem na história das artes plásticas no Brasil, podendo ser explicada talvez pela falta de práticas dos colonizadores nesta área,
ou até mesmo pelo preconceito por trabalhos manuais realizados pelos escravos.
Almeida Júnior criou uma maneira de retratar a simplicidade do povo e da sociedade brasileira. Este grande artista, retrata o típico e a parte realista da vida caipira, e é grande seu esforço para retratar o cotidiano brasileiro.
Artistas franceses também retrataram a vida brasileira, porém mostrando os escravos e índios, tendo uma parte preconceituosa em suas obras.
O movimento modernista, em 1922, trás a autonomia nas formas, as marcas européias e a pintura com estilo mais acadêmico.  Porém, há um certo primitismo nas pinturas brasileiras, marcados pela nossa defasagem social.


Aula 9 - O Consumo Cultural


"Se alguém chegar para minha mãe, que é analfabeta e mora no interior do Ceará, e perguntar se ela já leu “Dom Casmurro”, “Memórias de um Sargento de Milícias” e “O Cortiço”, ou se reconhece a diferença entre a arte abstrata e a arte moderna, ou ainda se já assistiu aos filmes “Cantando na chuva”, “Um corpo que cai” e “Cidadão Kane”, a resposta para todas as perguntas será “não”,  “nunca ouvi falar” ou “o que é isso?”. Podemos então dizer que ela não tem domínio da cultura?" Claro que não.
Apesar de não conhecer nenhuma das obras citadas, ela conhece muitas histórias, que nunca foram  escritas, sabe fazer diferentes objetos de palha, que não estão expostos em museus favosos e tem cada experiência de vida que daria para fazer, não um, mas tantos filmes que encheriam uma filmoteca.
A cultura está em constante mudança, o que hoje é aceito pela sociedade, amanhã pode ser criticado. Ela não está mais presa as obras de arte e a literatura. O acervo cultural está em cada um, com seus costumes e suas crenças.


Aula 10 - A Cultura Literária


Atualmente, o Brasil vive uma contradição no que diz respeito a leitura. Nunca se leu tanto no Brasil. Porém a literatura não tem mais o peso cultural de antes.  Agora,  os leitores não buscam mais somente o conhecimento cultural, mais também uma fonte de prazer, entretenimento e reflexão.
Livros de auto-ajuda, ficção e não-ficção, lideram o ranking dos livros mais vendidos no Brasil. E na maioria das vezes são de autores estrangeiros, que retratam outras culturas e costumes e não os nossos, que porém com a globalização acabam sendo algo conhecido das pessoas.
Quando morava no Ceará, eu tinha uma pequena biblioteca em casa, com livros de estudo e alguns clássicos da nossa literatura, como “Dom Casmurro”, “O Cortiço”, “O meu pé de laranja lima”, “Boitempo I e II”, entre outros. Sempre gostei de ler, e como morava na roça, sentava debaixo das árvores e ficava lendo durante tardes inteiras. Viajava por diferentes lugares, épocas, costumes, sem sair do lugar, experiências que só a literatura nos possibilita.


Aula 11 - Pós Modernidade e o Enigma Brasileiro


Somos ricos em natureza, porém somos os maiores contribuidores de desigualdade social no mundo. Investimos na educação tanto quando os Estados Unidos e até mais que a Itália, porém somos os segundos em maior índice de analfabetismo mundial, o que é uma questão completamente contraditória.
Construímos um modelo diferenciado de ensino, de economia e social.  Temos uma confiança espontânea no outro, e é isso que move nossa  cultura e nosso país. Temos uma lógica de “favor” e de não seguir as leis tão corretamente, estamos sempre buscando um meio de dar um  jeito de realizar as tarefas mais facilmente.
Há uma linha pequena entre o favorecimento e a corrupção, o que torna  qualquer pessoa alvo de situações corruptas aqui no Brasil, pois o espírito brasileiro quer sempre ajudar e favorecer a si ou a alguém.
Vivemos a convivência contraditória, somos acolhedores e sorridentes,  porém temos muita violência dentro do país, somos trabalhadores, porém o índice de pobreza é enorme no Brasil, somos favorecedores, por isso  temos a tendência à sermos corruptos.
O modelo que seguimos possui muitas falhas, igual todos os sistemas de  outros países, mas nosso modelo é uma inspiração à outras sociedades.


Aula 12 - Cultura do Cinema Brasileiro


A maior marca da cultura brasileira é saber improvisar, dar sempre um jeito de se sair bem nas situações, onde a emoção age em meio à razão.
Buscamos a cultura do outro (quando a nossa falha em relação às nossas
expectativas) e a adaptamos à nossa cultura, antigamente via-se muito isso, mas hoje em dia ainda vivemos essa realidade. Podemos observar isso nos cinemas, que se baseiam e exaltam sempre o modelo hollywoodiano.
Muito se foi trabalhado para realizar o primeiro filme falado no Brasil e com muito esforço, conseguiram e deram outro rumo ao cinema brasileiro.
Os improvisos nos cinemas brasileiros vão além dos filmes da antiguidade, ganhando traços da realidade altamente filmados e tendo obras com incrível fotografia, retratando bem não só a vida cotidiana, como também projetos de ficção.


Aula 13 - Futebol Cultura


Por muito tempo, fomos considerados o país do futebol, porém a vergonha de perder de 7x1 para a Alemanha em casa, gerou a dúvida se realmente ainda merecemos esse título. Estádios milionários, clubes de futebol com receitas anuais estratosféricas, jogadores com vida de rei, tudo isso nos faz pensar se ao assistirmos uma partida de futebol, estamos vendo um jogo ou a propaganda de um produto, que visa apenas o lucro.
Meu marido conta, que quando era criança, juntava os amigos e iam jogar bola na rua, onde a trave eram tijolos, a bola era de meia e os pé ficavam descalços. Hoje, meu sobrinho de 6 anos frequenta uma escolinha de futebol, em dias de treino, ele sai de casa todo uniformizado, lá ele joga na posição de goleiro e a maior parte do tempo os garotos ficam treinando princípios e posicionamento, no final da aula jogam uma pequena partida, sendo orientados o tempo todo pelo professor/treinador.
Quando foi que o prazer deu lugar a obrigação? O molejo, a graça, o drible, foram trocados pela tática? E o improviso virou um roteiro pré-estabelecido nos treinamentos?


Aula 14 - Musica Brasileira

O repertório musical brasileiro é muito variado, temos diferentes ritmos e estilos, que atendem a todos os gostos. O gosto musical também é bem diversificado, em cada canto do Brasil, um estilo musical é mais ouvido, MPB, Funk, Sertanejo, Forró, Rock, Gospel, aqui tem espaço para todos.
A canção popular, muitas vezes fala o que temos que calar. Como na época da ditadura, onde muitos artistas sofreram com as censuras, a repressão, e criaram músicas que protestavam, as vezes de forma silenciosa, como:

Cálice, de Chico Buarque (1973)
Alegria, alegria, de Caetano Veloso (1967)
Que país é este?, de Renato Russo (1978)
Aquele abraço, de Gilberto Gil (1969)

A música brasileira, muitas vezes retrata o dia-a-dia das pessoas, com suas lutas, dificuldades, mazelas, mas ao mesmo tempo demonstrando felicidade, o poder de dar a volta por cima, de fazer do pranto um sorriso.

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